José Saramago nasce a 16 de novembro de 1922, em Azinhaga, uma aldeia Ribatejana. Em 2021, essa data marcou o início das comemorações do seu centenário que se prolongarão até 16 de novembro de 2022.
Nesse âmbito, a “Fundação José Saramago” fez nascer o projeto “100 Oliveiras para Saramago”, celebrando o seu centenário com a plantação de Oliveiras, em homenagem ao escritor que por várias vezes referiu a mágoa que sentia pelo desaparecimento das Oliveiras na sua Azinhaga natal:
“A minha aldeia era rodeada de olivais, com oliveiras antigas de troncos enormes. Elas desapareceram. Senti-me como se me tivessem roubado a infância.”
(José Saramago)
Cada uma das 100 Oliveiras plantadas, numa das ruas principais de Azinhaga, receberá o nome de uma personagem Saramaguiana, mas a centésima Oliveira, que será plantada no dia 16 de novembro de 2022, receberá o nome da sua avó materna, Josefa.
E é para homenagear Saramago, Prémio Nobel da Literatura, que plantamos esta Oliveira na ESAS, cujo nome, escolhido pelos alunos do 12º ano, será: “Sete Luas”
A escolha de “Sete Luas” para nomear a nossa oliveira. (Texto coletivo escrito pelos alunos do 12º D em Português)
- Sete Luas é a alcunha que o padre Bartolomeu escolhe para nomear Blimunda, após o casamento com Baltasar, de alcunha Sete Sóis.
- Blimunda é a personagem mais importante do “Memorial”, a oliveira é também uma árvore feminina, bem como a lua, símbolo da fertilidade e da maternidade femininas.
- Se o sol permite ver às claras, a lua permite ver às escuras, simbolizando o conhecimento que vai para lá do factual, do real, do palpável, enfim, o verdadeiro conhecimento, aquele que persiste, que permanece. O conhecimento que está nos livros, nas bibliotecas, nesta biblioteca, agora também iluminada pela nossa oliveira, pela nossa Sete Luas.